Por Megha Rajagopalan e Joseph Campbell
PEQUIM (Reuters) - A capital da China ficou repleta nesta segunda-feira de voluntários de uniforme vermelho, cartazes de propaganda e sinais de proibição de fumar, como parte de uma campanha ambiciosa iniciada pelo governo para combater um hábito popular que causa graves danos à saúde no país.
Ativistas em prol da saúde vêm pressionando há anos por restrições mais fortes sobre o tabagismo na China, maior consumidor de fumo do mundo, e agora o país está estudando adotar novas restrições ao cigarro em nível nacional.
Qualquer um que violar as novas regras na capital chinesa, que incluem a proibição de fumar em restaurantes, hotéis, escolas e hospitais, bem como em certos lugares públicos ao ar livre, terá de pagar uma multa de 200 iuanes (32,25 dólares). Esse valor é 20 vezes maior que o atual, que raramente é aplicado.
Qualquer pessoa que rompa a lei por três vezes também será submetida à vergonha de ser identificada em um site do governo. E as empresas podem ser multadas em até 10.000 iuanes (1.600 dólares) se não tomarem medidas para conter o fumo em suas instalações.
Fumar causa grandes problemas de saúde na China. O país tem mais de 300 milhões de fumantes de cigarros e milhões mais estão expostos ao fumo exalado pelos outros. Mais da metade dos fumantes chineses compra maços de cigarros que custam menos de cinco iuanes (80 centavos de dólar).
Em um evento no domingo para promover a proibição, as autoridades de Pequim revestiram seu icônico estádio Ninho de Pássaro, construído para os Jogos Olímpicos de 2008, com bandeiras gigantes contendo o sinal de não fumar.
(Reportagem de Megha Rajagopalan e Joseph Campbell)