(Reuters) - Uma cidadã chinesa presa por sua entrada indevida na residência do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Flórida, levantando temores de que ela poderia representar uma ameaça, foi considerada culpada nesta quarta-feira por ter mentido a um oficial federal e por invasão de propriedade.
A mulher, Yujing Zhang, de 33 anos, ficou de pé, piscando rapidamente, enquanto os 12 membros do júri diziam ao juiz distrital dos Estados Unidos Roy Altman que concordavam com o veredito que a condenava em todas as acusações, decisão tomada em conjunto após aproximadamente quatro horas de deliberação seguindo um julgamento de dois dias.
Zhang pode enfrentar até seis anos em uma prisão federal quando for condenada em 22 de novembro.
Ao lado de dois oficiais federais norte-americanos, Zhang escutou o veredito e a ordem judicial.
Zhang virou manchete em março quando foi presa portando múltiplos dispositivos eletrônicos no clube Mar-a-Lago de Trump, em Palm Beach.
O comportamento desafiador de Zhang marcou o julgamento na corte distrital em Fort Lauderdale. Ela insistiu em atuar como sua própria advogada, apesar dos pedidos do juiz Altman.
Ela também atrasou o começo da seleção do júri na segunda-feira ao reclamar que não tinha as roupas íntimas de que precisava para o julgamento.
A questão central sobre o que precisamente Zhang estaria fazendo na propriedade de Trump segue sem resposta.
Procuradores também não deram explicações. O temor era de que ela poderia ser uma espiã, embora tenha sido acusada de apenas invadir a propriedade e fazer declarações falsas a agentes da lei.
(Reportagem de Erik Bojnansky)