Por Denis Dumo
JUBA (Reuters) - Grandes números de civis foram mortos, estuprados ou tiveram suas casas queimadas no mais recente surto de violência no Sudão do Sul, disseram representantes da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta segunda-feira.
"Operações militares nos Estados de Unidade e Alto do Nilo, em particular nos últimos três dias, novamente devastaram diversas vidas", disse Toby Lanzer, coordenador de ajuda humanitária da ONU para o Sudão do Sul, em comunicado.
"Testemunhas relatam estupros e assassinatos de civis, inclusive crianças", disse o comunicado, sem indicar os lados perpetradores das atrocidades.
"Eu peço para que todos os comandantes garantam que seus combatentes protejam e respeitem civis, incluindo trabalhadores humanitários nacionais e internacionais."
Lanzer disse que os mais recentes combates também haviam deixado 650 mil civis sem acesso a ajuda humanitária. No Estado de Unidade, milhares de lares haviam sido queimados, e um hospital na cidade de Leer estava sob ameaça de destruição.
O país mais novo do mundo, que declarou independência do Sudão em 2011, entrou em conflito há quase 18 meses, colocando em lados opostos forças leais ao presidente Salva Kiir e rebeldes aliados a seu ex-vice-presidente, Riek Machar.