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Colômbia busca evitar que venezuelanos se instalem em campo de barracas da capital

Publicado 22.11.2018, 17:01
© Reuters. Venezuelano em campo de barracas em Bogotá

Por Helen Murphy e Luis Jaime Acosta

BOGOTÁ (Reuters) - Francis Montano se senta no chão frio de cimento com seus três filhos e todas as suas posses dentro de sacolas plásticas enquanto implora para ter acesso a um novo campo para imigrantes venezuelanos em Bogotá, a capital da Colômbia.

Atrás de Francis, serpentes de fumaça emanam de fogueiras acesas em meio às barracas de amarelo brilhante que hoje são o lar de centenas de venezuelanos, armadas em um antigo campo de futebol de uma área residencial de classe média no oeste da cidade.

Os imigrantes, alguns dos milhões que fugiram da crise econômica e social da Venezuela, estão no local há mais de uma semana, já que as autoridades municipais os obrigaram a desocupar uma favela improvisada com lonas plásticas a alguns quilômetros de distância.

A cidade de barracas é a primeira do tipo em Bogotá. Embora as autoridades tenham montado campos na fronteira com a Venezuela, têm resistido a fazê-lo no interior da Colômbia pelo temor de estimular os imigrantes a se estabelecerem ao invés de seguirem para países vizinhos ou voltarem para casa.

Seus portões são guardados por policiais e por funcionários da prefeitura, e só os registrados da antiga favela podem ingressar.

"Teremos que dormir na rua de novo, debaixo de uma ponte", disse Francis, de 22 anos, cujos filhos têm todos menos de sete anos. "Só quero um teto para minhas crianças à noite".

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), estimados 3 milhões de venezuelanos deixaram seu país rico em petróleo, que entrou em crise sob o comando do presidente Nicolás Maduro.

Críticos acusam o líder socialista de devastar a economia realizando intervenções estatais e ao mesmo tempo perseguindo oponentes políticos.

© Reuters. Venezuelano em campo de barracas em Bogotá

O êxodo, motivado pela violência, a hiperinflação e a escassez de alimentos e remédios, equivale a um de cada 12 habitantes, o que sobrecarrega as nações vizinhas, que já lutam contra a pobreza.

A Colômbia, que está arcando com a maior parte da crise imigratória, avalia que está abrigando um milhão de venezuelanos e que cerca de 3 mil chegam a cada dia. O governo diz que o número total pode alcançar 4 milhões até 2021, o que lhe custaria quase 9 bilhões de dólares por ano.

As autoridades municipais de Bogotá dizem que o campo oferecerá abrigo a 422 imigrantes até o Natal, que será desmantelado em janeiro na esperança de que empregos e novas ocupações tenham sido encontrados.

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