Por Anggy Polanco e Nelson Bocanegra
CÚCUTA, Colômbia (Reuters) - A reabertura total da fronteira entre Colômbia e Venezuela acontecerá mais cedo ou mais tarde, mas dependerá das condições legais e do restabelecimento geral dos laços bilaterais, disse o ministro do Comércio da Colômbia, German Umana, nesta quinta-feira.
"A fronteira será aberta em breve, mas no momento em que tivermos essa coordenação", disse o ministro durante uma reunião em Cúcuta de empresários de ambos os lados da fronteira, incluindo a Câmara de Comércio Colômbia-Venezuela.
As relações entre os dois países melhoraram nas quase duas semanas desde que Gustavo Petro tomou posse como novo presidente da Colômbia. Petro prometeu reabrir o comércio em grande parte fechado ao longo da porosa fronteira, que se estende por 2.219 quilômetros.
Petro e o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, nomearam seus embaixadores nos respectivos países.
"Nossos empresários estão trabalhando para que isso não esteja sujeito a sanções", acrescentou Umana, sem dar detalhes.
Um enviado da ONU disse no ano passado que as sanções impostas pelos EUA e pela UE à Venezuela estavam piorando uma crise humanitária e recomendou afrouxá-las, para desgosto da oposição do país.
A reabertura não significará um grande aumento no comércio no curto prazo, mas será fundamental para restabelecer o controle institucional em uma área afetada por economias ilegais e contrabando, disse Umana.
"O que acontecerá quando abrirmos as pontes é que substituiremos a ilegalidade, a lavagem de dinheiro, o contrabando", disse.
O comércio entre os dois países este ano pode totalizar mais de 600 milhões de dólares, acrescentou, depois de atingir 316 milhões de dólares no primeiro semestre, aproximadamente o mesmo alcançado durante todo o ano de 2021.