BOGOTÁ (Reuters) - Colômbia e Venezuela acordaram nesta sexta-feira aumentar a vigilância de suas Forças Armadas na fronteira binacional para combater o contrabando e criar um centro conjunto de luta contra o crime organizado como parte dos esforços dos países para normalizar suas relações.
A decisão foi adotada em uma reunião dos ministros de Defesa da Colômbia, Luis Carlos Villegas, e da Venezuela, general Vladimir Padrino López, na cidade caribenha de Santa Marta, com o objetivo de solucionar os problemas na fronteira comum que recentemente provocaram uma crise diplomática.
Uma nota conjunta das duas autoridades informa que "decidiram aumentar a presença das Forças Armadas nas passagens informais ao longo da fronteira comum, para o trabalho coordenado na luta contra o contrabando".
O acordo também estabelece "a criação do Centro Binacional de Luta Contra o Crime Organizado Trasnacional (CEBCOT)", assim como novos canais de comunicação entre as autoridades dos dois países.
Os presidentes de Colômbia, Juan Manuel Santos, e da Venezuela, Nicolás Maduro, acordaram há 11 dias em Quito o retorno imediato de seus respectivos embaixadores e o início de conversações para conseguir uma normalização progressiva das atividades na fronteira.
Maduro determinou em agosto o fechamento de algumas passagens da fronteira de 2.219 quilômetros para combater o contrabando e a presença de grupos paramilitares em seu país.
(Reportagem de Luis Jaime Acosta)