BOGOTÁ (Reuters) - A Colômbia registrou nesta quarta-feira um "provável" caso de microcefalia relacionado com o Zika vírus, depois que uma jovem de 18 anos interrompeu sua gravidez após exames médicos comprovarem que o feto padecia de uma anomalia congênita e detectaram a presença da infecção no líquido amniótico.
A Colômbia é o segundo país com maior número de casos de Zika na América Latina e no Caribe depois do Brasil. Até agora foram registrados 37.011 casos, incluídos 6.356 mulheres grávidas, segundo o Instituto Nacional de Saúde.
O possível caso de microcefalia foi detectado em uma clínica da cidade de Popayán, no sudoeste do país, onde uma mulher fez um aborto com 28 semanas de gestação depois que os médicos comprovaram que o feto tinha uma "anomalia congênita incompatível com a vida".
As leis colombianas autorizam o aborto quando a gravidez é produto de um estupro, põe em risco a saúde da mãe ou se o bebê sofre de uma doença congênita.
A mulher que fez o aborto estava sob supervisão médica por antecedente de possível infecção por Zika e dentro do processo de atendimento foi feita a coleta de uma amostra de líquido amniótico, que deu positivo para a transmissão do vírus da mãe para o filho, disse em comunicado a diretora do INS, Martha Ospina.
Ela afirmou ainda que em outros acompanhamentos também foi detectada a transmissão do Zika de mães para filhos, mas até agora esses bebês estão saudáveis.
(Reportagem de Luis Jaime Acosta)