Por Dan Williams
JERUSALÉM (Reuters) - Como os cemitérios e as cerimônias militares estão fora de cogitação, israelenses recorreram à internet nesta terça-feira para homenagear seus mortos de guerra em eventos comemorativos ofuscados pela crise do novo coronavírus.
Como em todo Dia do Memorial, uma sirene para lembrar os soldados e civis israelenses mortos por bombardeios palestinos e outros ataques foi acionada de manhã, interrompendo o tráfego já leve.
Pessoas que estavam em casa em respeito aos isolamentos parciais se postaram em sacadas decoradas com bandeiras para observar dois minutos de silêncio durante um dos dias mais solenes de Israel.
Após o pôr do sol o clima mudará, já que começam as comemorações do Dia da Independência – mas os eventos públicos deste ano foram proibidos, e algumas cidades abdicarão dos fogos de artificio para poupar em meio à crise econômica causada pela pandemia.
As famílias enlutadas foram instruídas a evitar os cemitérios militares em nome da saúde pública. Em sua homenagem, tropas com máscaras cirúrgicas se filmaram batendo continência junto aos túmulos.
"Sei como isso é duro", disse o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, em uma mensagem de vídeo, observando que ele tampouco pôde fazer sua visita costumeira para prestar suas homenagens no túmulo de seu irmão Yoni, que morreu liderando uma missão de resgate de reféns israelenses em Uganda em 1976.
"Neste ano, neste dia, lembraremos deles de muitas outras maneiras – com histórias, músicas, filmes, velas acesas, reuniões exibidas online e, acima de tudo, em nossos corações".
Com uma população de 9 milhões de habitantes, Israel relatou até agora 15.589 casos de coronavírus e 208 mortes.