MOSCOU (Reuters) - A companhia aérea russa cujo avião caiu no sábado no Egito, matando todos a bordo, disse nesta segunda-feira que o acidente não pode ter sido causado por uma falha técnica ou erro humano.
O desastre, ocorrido na Península do Sinai, no Egito, só pode ter sido o resultado de alguma outra "ação técnica ou física", o que fez com que o jato se partisse no ar e caísse no solo, disse Alexander Smirnov, vice-diretor geral da companhia aérea Kogalymavia.
Ele não especificou que tipo de ação poderia ter sido, dizendo que cabe à investigação oficial determinar as causas da queda.
"O avião estava em excelente condição", declarou Smirnov, em entrevista coletiva em Moscou. "Nós descartamos a possibilidade de uma falha técnica e qualquer erro por parte da tripulação", disse ele.
Segundo Smirnov, não houve nenhuma chamada de emergência dos pilotos aos serviços em terra durante o voo, que decolou do balneário egípcio de Sharm el-Sheikh e seguia para a cidade russa de São Petersburgo.
O vice-diretor geral da Kogalymavia encarregado da área de engenharia, Andrei Averyanov, disse que um incidente de 2001, quando parte da cauda do avião se chocou contra a pista em uma aterrissagem, foi totalmente solucionado e não tem qualquer relação com a queda.
Averyanov afirmou que os motores do avião haviam sido submetidos a uma inspeção de rotina em Moscou em 26 de outubro, ocasião em que não foram encontradas irregularidades, e nos cinco voos que antecederam o acidente a tripulação não registrou problemas técnicos no livro de registo da aeronave.
Na entrevista, Oksana Golovina, representante da holding que controla a Kogalymavia, disse que a companhia aérea não enfrenta nenhum problema financeiro que poderia influenciar a segurança do voo.
(Por Polina Devitt)