Por Mohammed Mukhashaf e Mohammed Ghobari
ADEN/CAIRO (Reuters) - Ataques aéreos, bombardeios navais e combates em terra chacoalharam o Iêmen neste domingo, em um dos conflitos que mais se espalharam desde que uma aliança liderada pela Arábia Saudita interveio no mês passado contra a milícia Houthi, aliada do Irã.
Ao menos cinco ataques aéreos foram realizados contra posições militares em uma área perto do complexo do palácio presidencial na capital Sanaa, dominada pela milícia Houthi, na madrugada de domingo, enquanto navios de guerra alcançavam uma área perto do porto na cidade de Aden, na região sul, segundo moradores.
Os ataques em Sanaa foram os primeiros desde que a coalizão liderada pelos sauditas disse na semana passada que estava reduzindo sua campanha contra os Houthis.
Mas os ataques aéreos logo foram retomados quando os ganhos em todo o país dos Houthis não foram notadamente revertidos, e as negociações de paz não demonstraram um progresso visível.
A Arábia Saudita, maior exportadora de petróleo do mundo e adversária muçulmana sunita do Irã, muçulmano xiita, sente-se ameaçada pelo avanço xiita Houthi no Iêmen desde setembro do ano passado, quando os rebeldes tomaram a capital.
O Houthis forçaram o presidente Abd-Rabbu Mansour Hadi ao exílio. A intervenção liderada pela Arábia Saudita visa restaurar Hadi e impedir que o Iêmen se desintegre como estado, com militantes da Al Qaeda prosperando no caos e colocando uma das mais movimentadas rotas marítimas de petróleo do mundo, ao largo da costa do Iêmen, em risco.