BAMACO (Reuters) - Confrontos no norte do Mali forçaram quase 60 mil pessoas a deixar suas casas nas últimas quatro semanas, disse uma agência da Organização das Nações Unidas nesta sexta-feira, um sinal da violência persistente no país, apesar de um acordo parcial ter sido assinado neste mês.
Agora, já passa de 100 mil o número de habitantes deslocados no norte do país, região que passa por tumultos desde que uma rebelião separatista liderada por tuaregues foi suplantada por militantes islâmicos melhor armados, ligados à Al Qaeda.
Forças francesas dispersaram os islamistas em 2013. Mas, desde então, os militantes se reagruparam e estão atacando tropas da França e da ONU, que também tentam patrocinar um acordo de paz entre o governo do sul do país e rebeldes que buscam autonomia para o norte.
A agência de refugiados da ONU, Acnur, disse que a maioria das pessoas deslocadas era da região de Timbuktu, que tem passado por uma série de confrontos envolvendo vários grupos armados.
Civis disseram estar deixando suas casas porque temem a violência, assim como o recrutamento forçado por parte de grupos armados, disse o Acnur. 2015-05-29T215855Z_1006940001_LYNXMPEB4S15H_RTROPTP_1_MUNDO-MALI-DESLOCA-60MIL.JPG