Por Bozorgmehr Sharafedin
DUBAI (Reuters) - A poderosa entidade de validação eleitoral do Irã, o Conselho Guardião, decidiu no sábado permitir que centenas de candidatos participassem na eleição parlamentar deste mês, em uma medida que reacendeu as esperanças de reformistas e moderados.
Uma luta por poder entre conservadores iranianos e reformistas tem se intensificado desde a remoção de sanções econômicas internacionais contra Teerã, após um acordo nuclear com o Ocidente. Linhas-duras temem que eleitores iranianos estarão, agora, mais inclinados a recompensar candidatos reformistas.
O ex-presidente Akbar Hashemi Rafsanjani, um aliado próximo do presidente moderado iraniano, Hassan Rouhani, saudou a decisão.
“A boa notícia para os candidatos desqualificados é que 25 por cento deles foram agora permitidos a concorrer na eleição… então vamos ter uma eleição competitiva em fevereiro”, disse Rafsanjani de acordo com a agência de notícias Fars.
Em um revés para Rouhani e Rafsanjani no mês passado, o Conselho Guardião, composto de clérigos e juristas, excluiu milhares de possíveis candidatos parlamentares e 80 por cento dos candidatos para compor a entidade, a qual escolhe o próximo Líder Supremo do Irã.
Mas o Conselho disse no sábado que havia aprovado 1.500 candidatos parlamentares a mais para a próxima eleição. O órgão ainda estava investigando reclamações de candidatos desqualificados para compor a Assembleia de Especialistas, de 88 membros, que vai escolher um substituto para o Líder Supremo Aiatolá Ali Khamenei.