Por Francesco Guarascio
ESTRASBURGO (Reuters) - Antonio Tajani, da Itália, foi eleito presidente do Parlamento Europeu nesta terça-feira, consolidando o controle conservador de instituições-chaves da União Europeia (UE), ao mesmo tempo que as direita e esquerda tradicionais têm dificuldades para se unir contra os eurocéticos rebeldes.
O novo presidente, de 63 anos, um ex-comissário europeu e aliado do ex-premiê italiano Silvio Berlusconi, substitui o social-democrata alemão Martin Schultz num momento de crise na UE. O Reino Unido busca um acordo de divórcio que precisa do aval parlamentar, e a antiga adversária Rússia e os EUA, um antigo aliado, representam novas ameaças para o bloco.
O período de Schulz viu uma cooperação maior com o chefe de centro-direita do executivo europeu, Jean-Claude Juncker, mas terminou com recriminações por conta do fim de uma grande coalizão entre a esquerda e a direita.
Isso pode trazer obstáculos para a aprovação tranquila de leis europeias sobre uma série de temas. A vitória de Tajani, que venceu o líder da centro-esquerda e também italiano Gianni Pittella por 351 votos contra 282 numa quarta rodada de votação, dá à direita um predomínio em três instituições políticas centrais da UE.
O fato tem levado a pedidos por mudanças. Contudo, não há um consenso claro para isso.