Por Antonio De la Jara e Felipe Iturrieta
SANTIAGO (Reuters) - O Chile espera que os astros que pisarão em seus campos de futebol a partir de quinta-feira para disputar a nova edição da Copa América deslumbrem os fãs e façam esquecer por um instante o enorme escândalo de corrupção da Fifa.
O país sede trabalha nos últimos detalhes para o início do torneio de seleções mais antigo do mundo, com 12 equipes disputando o troféu em nove estádios reformados entre quinta-feira e 4 de julho.
Apesar de os jogadores terem aderido à famosa frase de Diego Maradona "a bola não se mancha", os dribles de Lionel Messi e Neymar e os golaços de James Rodríguez poderiam ser ofuscados pelo que ocorre fora dos campos. Isto se deve ao fato da Copa América ser disputada enquanto cresce o escândalo que abalou o futebol mundial e levou à renúncia de Joseph Blatter como presidente da Fifa na semana passada.
Diversos dos principais dirigentes e empresários de marketing esportivo do futebol sul-americano estão incluídos na ampla investigação de autoridades norte-americanas sobre a corrupção no esporte, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin, preso na Suíça, e o ex-presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol Nicolás Leoz, que está em prisão domicilar no Paraguai.
"Lamentavelmente nossa Copa América se vê manchada por esse tipo de eventos alheios ao futebol", lamentou Sergio Jadue, presidente da Associação Chilena de Futebol e vice da Conmebol.
O país anfitrião desembolsou cerca de 100 milhões de euros para a reforma parcial ou total dos estádios que vão receber as 26 partidas da competição, que tem publico total esperado de 800.000 pessoas.