Por Hyonhee Shin e Josh Smith
SEUL (Reuters) - A Coreia do Norte não respondeu ligações de rotina nas linhas diretas intercoreanas nesta terça-feira, afirmou a Coreia do Sul, horas depois de uma autoridade de alto escalão de Pyongyang alertar sua vizinha e os Estados Unidos devido ao exercícios militares conjuntos anuais marcados para começar nesta semana.
Kim Yo Jong, a irmã poderosa do líder norte-coreano, Kim Jong Un, acusou a Coreia do Sul de "comportamento pérfido" por seguir adiante com as manobras depois de a Coreia do Norte ter concordado em restabelecer as linhas diretas no final de julho, tendo-as cortado no ano passado em meio às tensões crescentes.
Coreia do Sul e EUA devem realizar exercícios simulados por computador na semana que vem, mas treinamentos preliminares começaram nesta terça-feira, disseram fontes militares à Reuters.
Em um comunicado divulgado pela agência de notícias estatal norte-coreana KCNA, Kim Yo Jong disse que os exercícios são um "ato de autodestruição pelo qual um preço alto deveria ser pago, já que ameaçam a segurança do nosso povo e colocam em perigo ainda maior a situação na península coreana".
"Eles são a expressão mais vívida da política hostil dos EUA para (a Coreia do Norte), concebida para sufocar nosso Estado pela força".
Normalmente, as duas Coreias se comunicam pelas linhas diretas duas vezes por dia, e autoridades norte-coreanas atenderam as ligações matutinas como de praxe em linhas diretas mantidas pelos militares sul-coreanos, além daquelas usadas pelo Ministério da Unificação, que trata das relações com Pyongyang, mas as ligações do final da tarde ficaram sem resposta.
(Reportagem adicional de Sangmi Cha, em Seul, e David Brunnstrom, em Washington)