Por Hyonhee Shin
SEUL (Reuters) - Os Estados Unidos e a Coreia do Sul estão enfrentando dificuldades para chegar a um acordo sobre a divisão do custo de manter tropas norte-americanas no país, depois que os EUA exigiram um aumento de 50 por cento na contribuição sul-coreana, disse um parlamentar sul-coreano nesta terça-feira.
Apesar de terem realizado 10 rodadas de conversas desde março, os aliados não conseguiram chegar a um acordo para substituir o pacto de 2014 encerrado no ano passado que exigia que a Coreia do Sul pagasse cerca de 960 bilhões de wons (848 milhões de dólares) por ano para manter cerca de 28.850 tropas dos EUA no país.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem repetidamente afirmado que a Coreia do Sul, para onde os Estados Unidos têm destinado soldados desde a Guerra da Coreia (1950 a 1953), deveria arcar com maior parte do custo.
As Forças Armadas dos EUA advertiram funcionários de suas bases coreanas de que eles podem ser colocados de licença a partir do meio de abril se nenhum acordo for alcançado.
Em sua última reunião, em dezembro, os Estados Unidos fizeram uma demanda “repentina e inaceitável” de que a Coreia do Sul pague mais de 1,4 trilhão de wons por ano, de acordo com Hong Young-pyo, graduado parlamentar do partido governista sul-coreano.
O ministro de Relações Exteriores da Coreia do Sul, Kang Kyung-wha, informou um grupo de parlamentares sobre as conversas na segunda-feira. Qualquer acordo precisaria ser aprovado pelo Parlamento.
“As negociações estão travadas”, disse Hong a parlamentares. “O lado dos EUA de repente fez uma proposta na última etapa que era difícil para nós aceitarmos”.
Um porta-voz da embaixada dos EUA em Seul se recusou a comentar.