(Reuters) - A Coreia do Sul informou nesta sexta-feira que está em alerta máximo antes de outro importante aniversário na Coreia do Norte, com uma grande concentração de aparatos militares amontoados em ambos lados da fronteira diante de preocupações sobre um novo teste nuclear de Pyongyang.
Na Rússia, um porta-voz do Kremlin se negou a comentar sobre relatos da mídia de que a Rússia estava movendo aparatos militares e tropas em direção à fronteira com a Coreia do Norte, relatou a agência de notícias RIA, citando o porta-voz.
Autoridades norte-americanas e sul-coreanas vêm dizendo há semanas que o Norte pode realizar em breve outro teste nuclear em violação às sanções da Organização das Nações Unidas (ONU), algo que os Estados Unidos e China alertaram contra.
A Coreia do Norte marca o aniversário de 85 anos da fundação de seu Exército Popular, uma importante celebração que acontece ao final de grandes exercícios militares de inverno, disse o porta-voz do Ministério da Unificação da Coreia do Sul, Lee Duk-haeng.
Enviados dos EUA, Coreia do Sul e Japão na Coreia do Norte devem se encontrar na terça-feira, informou o Ministério das Relações Exteriores sul-coreano, para "discutir planos para conter as provocações adicionais de alta força da Coreia do Norte, para maximizar pressão sobre o Norte e garantir o papel construtivo da China na resolução da questão nuclear da Coreia do Norte".
A Coreia do Sul e os EUA também estão conduzindo exercícios militares anuais conjuntos, que o Norte rotineiramente critica como um prelúdio para invasão.
"É uma situação na qual muitos equipamentos de exercícios estão amontados na Coreia do Norte e também muitos bens estratégicos estão situados na península coreana por conta dos exercícios militares entre Coreia do Sul e EUA", disse Lee durante entrevista coletiva.
"Estamos assistindo de perto a situação e não iremos abaixar nossas guardas", disse Lee.
O presidente dos EUA, Donald Trump, elogiou na quinta-feira esforços chineses em conter "a ameaça da Coreia do Norte", após a mídia estatal norte-coreana alertar aos EUA sobre um "superpoderoso ataque preventivo".
O secretário de Defesa dos EUA, Jim Mattis, disse nesta sexta-feira que a retórica da Coreia do Norte é provocativa, mas que aprendeu a não confiar nela.