Por Stephen Kalin
CAIRO (Reuters) - Um tribunal egípcio pediu neste sábado a pena de morte para o ex-presidente Mohamed Mursi e 106 outros apoiadores da Irmandade Muçulmana em conexão com uma fuga em massa da prisão em 2011.
Mursi e os demais réus, incluindo um líder da Irmandade, Mohamed Badie, foram condenados por matar e sequestrar policiais, atacando instalações policiais e fugir da prisão durante o levante de 2011 contra Hosni Mubarak.
A decisão levou a condenações imediatas da Irmandade, da Anistia Internacional e do presidente turco, Tayyip Erdogan.
O tribunal, que deve tomar uma decisão final em 2 de junho, também buscou a pena capital em um caso separado, para o líder da Irmandade Khairat el-Shater e outros 15 por conspirarem com grupos militantes estrangeiros contra o Egito.
As decisões, como todas as sentenças capitais, serão encaminhadas para a autoridade religiosa do Egito, o grande mufti Shawqi Allam, para dar seu parecer antes que qualquer execução aconteça. Sua opinião não tem vínculo jurídico.
Mursi pode apelar do veredito, embora tenha dito que o tribunal não é legítimo, descrevendo todos os processos judiciais contra ele como parte do que ele chama de golpe perpetrado pelo ex-chefe do Exército Abdel Fattah al-Sisi em 2013.