AMSTERDÃ/BOGOTÁ (Reuters) - A Corte Internacional de Justiça rejeitou nesta quinta-feira uma ação da Nicarágua que buscava definir e expandir seus direitos econômicos em águas profundas além daqueles previamente estabelecidos em uma longa disputa de fronteira marítima com a Colômbia.
Os juízes consideraram que os direitos offshore da Nicarágua para 370 km foram estabelecidos anteriormente. A Corte Internacional de Justiça é o tribunal das Nações Unidas para resolver disputas entre nações.
"Uma grande vitória para a Colômbia em Haia", disse o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, em mensagem no Twitter.
O arquipélago colombiano inclui as ilhas de San Andrés, Providência e Santa Catalina.
Em novembro de 2021, em meio à pandemia de coronavírus, o furacão Iota de categoria 5 atingiu Providência, destruindo ou danificando quase toda a infraestrutura da ilha, que abriga cerca de 6.000 pessoas.
"Com esta decisão, esperamos encerrar a disputa de fronteira e focar em trazer desenvolvimento sustentável ao nosso arquipélago", afirmou Petro.
Desde o início do século 20, a Nicarágua e a Colômbia disputam a propriedade das águas ricas em minerais e peixes do Mar do Caribe, embora os dois países não compartilhem uma fronteira terrestre.
(Reportagem de Toby Sterling em Amsterdã e Oliver Griffin em Bogotá)