BERLIM (Reuters) - O chefe do escritório de refugiados da Alemanha, criticado pelo modo como lidou com o número recorde de requerentes de asilo no país, pediu demissão, informou o Ministério do Interior nesta quinta-feira.
A saída de Manfred Schmidt, por motivos pessoais, ocorre no momento em que o número de refugiados que entram Alemanha dobrou em 24 horas e os controles foram ampliados para abranger a fronteira com a República Tcheca.
A renúncia de Schmidt deve aumentar a pressão sobre seu chefe, o ministro do Interior, Thomas de Maizière, que está sob pressão porque os funcionários têm sido lentos para processar o fluxo de refugiados.
"O ministro do Interior lamenta a perda do diretor de um órgão que realizou um excelente trabalho", disse um comunicado. "O Instituto de Migração e Refugiados está em foco na situação política atual. O número dramaticamente crescente de requerentes de asilo na Alemanha impõe enormes desafios para o escritório, bem como para os Estados e municípios da Alemanha."
A decisão do órgão, em agosto, de alterar as suas orientações para permitir a entrada de refugiados sírios na Alemanha, independentemente do local por onde eles ingressaram na UE, tem sido amplamente vista como o fator que desencadeou o afluxo de dezenas de milhares de requerentes de asilo nas últimas semanas.
A polícia disse que a Alemanha estendeu seus controles fronteiriços para seus limites com a República Checa para deter a ação de traficantes de seres humanos e lidar com um número crescente de requerentes de asilo.
(Reportagem de Michael Nienaber e Madeline Chambers)