ERBIL, Iraque (Reuters) - Os curdos do Iraque estão mantendo o plano para realizar um referendo independente no dia 25 de setembro, apesar do pedido dos Estados Unidos de adiar a data, disse uma autoridade curda de alto escalão à Reuters neste sábado.
Os Estados Unidos e outros países ocidentais estão preocupados que a votação possa incendiar novo conflito com Bagdá e se tornar um foco de conflito regional. Turquia, Irã e Síria, que junto com o Iraque possuem populações curdas consideráveis, se opõem a um Curdistão independente.
"A data fica, 25 de setembro, sem mudanças", disse Hoshyar Zebari, conselheiro próximo ao presidente do governo regional do Curdistão, Massoud Barzani, após o Secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, pedir a Barzani para adiar o referendo.
O Departamento de Estado dos EUA afirmou em junho estar preocupado que o referendo distraia de "prioridades mais urgentes", tais como a derrota de militantes do Estado Islâmico.
O autoproclamado "califado" do Estado Islâmico efetivamente colapsou no mês passado, quando forças iraquianas apoiadas pelos Estados Unidos completaram a tomada da capital dos militantes no Iraque, Mossul, após uma campanha de 9 meses na qual participaram combatentes curdos Peshmerga.