RIO DE JANEIRO (Reuters) - Os gastos com instalações esportivas para a realização dos Jogos Olímpicos de 2016 aumentaram em 70 milhões de reais, de acordo com atualização da matriz de responsabilidade do evento, que está orçado até agora em 38,7 bilhões de reais, informou nesta sexta-feira a Autoridade Pública Olímpica (APO).
A matriz de responsabilidade, documento que reúne dados sobre as arenas esportivas, tem um orçamento atualizado de 6,67 bilhões de reais, ante 6,6 bilhões de reais na última divulgação, feita no começo do ano.
"Dado o fato dos projetos estarem bem avançados, acredito que esses valores pouco vão mudar daqui até os Jogos. Não acredito em nada substancial", disse à Reuters o presidente da APO, Marcelo Pedroso.
"Como estamos falando mais de itens complementares, proporcionalmente aos volumes já gastos, estamos falando de uma parte pequena que pode remanescer", completou.
O aumento de 70 milhões de reais entre uma divulgação e outra está relacionado a ajustes nos gastos e a despesas complementares na Lagoa Rodrigo de Freitas, local onde serão realizadas em 2016 as provas de remo e canoagem.
"Estamos com 96 por cento de evolução dos projetos e significa que valores, prazos e responsáveis estão definidos. Houve a inclusão de projetos cujos valores não estavam definidos como no caso da Lagoa (7 milhões de reais) e ações na área de energia", afirmou o presidente a APO.
Na versão divulgada no começo do ano, a matriz reunia 56 projetos, mas esse número encolheu agora para 46. Segundo Pedroso, alguns projetos, especialmente na área de energia que estavam dispersos, foram agrupados.
Com mais essa atualização da matriz, os custos totais dos Jogos Olímpicos estão em 38,7 bilhões de reais. Além dos 6,67 bilhões de gastos com as arenas esportivas, devem ser incluídos nas despesas cerca de 7,4 bilhões do orçamento do comitê organizador e mais 24,6 bilhões em investimentos em infraestrutura.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)