(Reuters) - A Câmara dos Deputados rejeitou nesta terça-feira três propostas de mudança no sistema eleitoral durante a análise da reforma política, deixando para trás o voto em lista, o distrital misto e o distrital para eleições legislativas, também conhecido como "distritão".
O sistema eleitoral distrital, proposto pelo relator Rodrigo Maia (DEM-RJ) e defendida pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recebeu 267 votos contra, 210 a favor e 5 abstenções.
Por esse sistema, os Estados e o Distrito Federal são grandes distritos eleitorais, e os candidatos mais votados são eleitos de acordo com o número de cadeiras a que cada distrito teria direito na Câmara.
O modelo, que na prática transformaria as eleições legislativas em eleições majoritárias, era defendido pelo PMDB, mas criticado por PT e PSDB e um grupo de cientistas políticos que divulgou manifesto, com apoio da Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP), afirmando que a mudança enfraqueceria os partidos e estimularia o personalismo.
O modelo atual é o sistema proporcional, que leva em conta os votos recebidos individualmente pelos candidatos de um partido e os recebidos pela legenda. Esses votos são usados para um cálculo de quantas vagas cada partido conseguirá preencher.
(Por Eduardo Simões, em São Paulo)