NOVA DÉLHI (Reuters) - O Dalai Lama, líder espiritual exilado do Tibet, viajou para os Estados Unidos para exames médicos e não tinha planos de se encontrar com dirigentes mundiais reunidos em Nova York para a Assembleia Geral anual da Organização das Nações Unidas, disseram funcionários de seu escritório na Índia nesta quinta-feira.
Segundo um email de seu secretário, Tenzin Taklha, o ganhador do Nobel da Paz não está doente, mas se dirigia para a Clínica Mayo, em Rochester, Estado de Minnesota, para um check-up anual.
O presidente da China, Xi Jinping, também está nos Estados Unidos, onde fará sua estreia na ONU como líder chinês. A viagem do Dalai Lama coincide ainda com a visita do papa Francisco, que se reuniu com o presidente Barack Obama e deve falar na ONU na sexta-feira.
Desde que as tropas comunistas chinesas tomaram o Tibet, em 1950, a China governa a região com mão de ferro e as autoridades chinesas consideram o Dalai Lama, que fugiu para o exílio na Índia em 1959, como um perigoso separatista que luta pela independência. O governo chinês monitora de perto os encontros de Dalai Lama com líderes mundiais.
No entanto, o Dalai Lama tem repetidamente refutado essas alegações e defendido uma maior autonomia para o Tibete dentro da China, por meio do diálogo com Pequim.