(Reuters) - Manifestantes saíram em praças públicas e locais próximos das embaixadas russas em cidades como Tóquio, Tel Aviv e Nova York, nesta quinta-feira, para criticar a invasão da Ucrânia, enquanto mais de mil que tentaram fazer o mesmo na Rússia foram presos.
O primeiro protesto conhecido ocorreu do lado de fora da embaixada da Rússia em Washington por volta das 3h (horário de Brasília), apenas três horas depois que o presidente Vladimir Putin disse que havia lançado sua operação militar.
A mídia local mostrou dezenas de manifestantes na capital dos Estados Unidos acenando bandeiras ucranianas e gritando "Encerre a agressão russa!"
Em Londres, centenas de manifestantes, muitos deles ucranianos e alguns chorando, se reuniram do lado de fora da residência e escritório do primeiro-ministro, em Downing Street, pedindo que o Reino Unido faça mais.
"Precisamos de ajuda, precisamos de alguém para nos apoiar", disse um. "A Ucrânia é muito pequena e a pressão é muito grande."
Em Paris, um manifestante afirmou à Reuters: "Sinto que estamos em um momento muito perigoso para o mundo inteiro".
Em Madri, o ator espanhol vencedor do Oscar Javier Bardem, indicado a outro Oscar este ano, juntou-se a cerca de cem manifestantes do lado de fora da embaixada russa.
"É uma invasão... Viola o direito fundamental da Ucrânia à soberania territorial, à lei internacional e muitas outras coisas", disse Bardem.
Uma bandeira gigante foi carregada pela Times Square (NYSE:SQ) de Manhattan por uma multidão de várias centenas de manifestantes.
Outras manifestações foram realizadas em Berlim, Tel Aviv, Dublin e Praga.
Na própria Rússia, os manifestantes desafiaram um aviso oficial que ameaçava explicitamente processos criminais e até prisão para aqueles que convocassem ou participassem de protestos.
Centenas de pessoas se reuniram em cidades como Moscou, São Petersburgo e Ecaterimburgo, entoando slogans como "Não à guerra!" e segurando placas improvisadas. Às 16h39 (horário de Brasília), a polícia havia detido nada menos que 1.667 pessoas em 53 cidades, disse o monitor de direitos OVD-Info.