PARIS (Reuters) - A partir desta segunda-feira, os clientes que entrarem na padaria de Paris em que Kalil Gaci trabalha serão obrigados por lei a usar máscaras, mas estão conformados com a nova regra.
"Não tem problema usar uma, sou completamente a favor", disse Elina Outh, estudante de Administração de 22 anos que foi comprar algumas tortas de Gaci.
"O que está acontecendo faz sentido, e acho que deveria ter acontecido muito tempo atrás."
Decretos governamentais sobre o uso de coberturas faciais para deter a disseminação da Covid-19 desencadearam um debate acirrado sobre as liberdades civis nos Estados Unidos e em outros lugares.
Na França, a maioria das pessoas as aceita como ferramentas necessárias para combater a epidemia.
Uma regra nacional que exige coberturas faciais em lojas, bancos, mercados cobertos ou qualquer tipo de espaço público fechado entrou em vigor nesta segunda-feira. Quem violar a regra está sujeito a uma multa de 135 euros.
Ministros aceleraram a mudança da regra porque, embora a doença tenha recuado em toda o país, surgiram focos localizados que provocaram o temor de uma segunda onda. Mais de 30 mil mortes foram ligadas à Covid-19 na França.
Em um mercado coberto de La Baule-Escoublac, uma estância no litoral do Atlântico, uma placa dizia: "Detenha o Coronavírus. O uso de máscaras é obrigatório".
Um pescador do mercado, que se identificou como Gregory, disse que os clientes têm obedecido. "Desde o isolamento, o povo de La Baule se acostumou a usar máscaras quase sempre, então as pessoas estão respeitando a regra", disse.
(Por Clotaire Achi em Paris e Yann Tessier em La Baule-Escoublac)