Promoção de Cyber Monday: Até 60% de desconto no InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

Décadas após a guerra, Coreia do Norte ainda constrói fronteiras e atrai tiros de advertência

Publicado 25.06.2024, 18:01
© Reuters. Norte-coreanos trabalham em cerca militar perto de posto de guarda na fronteira inter-coreana em foto tirada do deck de observação perto da zona desmilitarizada entre as duas Coreias em Paju, Coreia do Suln04/06/2024nREUTERS/Kim Hong-Ji

Por Hyonhee Shin

SEOUL (Reuters) - Setenta e quatro anos depois de a Guerra da Coreia começar, tropas da Coreia do Norte ainda constroem novas fortificações e ocasionalmente recebendo tiros de advertência de seus homólogos sul-coreanos do outro lado de uma fronteira congelada em estado de guerra.

Nas últimas semanas, a Coreia do Norte enviou um grande esquadrão de soldados para construir o que parecem ser barreiras anti-tanques, plantar minas terrestres e reforçar vias táticas dentro da fortemente armada Zona Desmilitarizada (DMZ), segundo o Exército da Coreia do Sul. 

Essas medidas resultaram em raros encontros com soldados sul-coreanos, ocasiões em que eles dispararam tiros de advertência e alguns norte-coreanos até foram mortos pelas suas próprias minas terrestres enquanto se aproximavam da linha de demarcação, disseram autoridades sul-coreanas. 

A linha foi traçada quando os dois lados e seus apoiadores internacionais encerraram o conflito, em 1953. 

Esta terça-feira marca 74 anos desde o começo da guerra, quando o Exército da Coreia do Norte invadiu a fronteira do Sul, que contou com o apoio dos Estados Unidos.

Os combates acabariam envolvendo mais 20 países que fizeram parte das forças da ONU e custaram milhões de vidas, mas terminou apenas em um armistício, não em um tratado de paz, deixando as Coreias tecnicamente em um estado de guerra. 

Após pequenos períodos de alívio, as tensões cresceram nos últimos meses, com o Norte desenvolvendo um arsenal de armas nucleares e declarando que o Sul é um “inimigo primário”, não mais um parceiro para unificação. 

Mais recentemente, o Norte enviou centenas de balões carregados de lixo m protesto contra ativistas sul-coreanos que lançaram panfletos anti-Pyongyang, o que levou Seul a descartar um pacto militar inter-coreano e tomar medidas para retomar transmissões de propaganda por alto-falantes, denunciadas por Pyongyang há muito. 

A Coreia do Norte estava enviando mais balões, aparentemente carregando lixo, para a Coreia do Sul nesta terça-feira, segundo o Exército sul-coreano. 

As ações recentes de Pyongyang na fronteira podem estar ligadas à mudança em sua política inter-coreana, dizem alguns analistas 

"As provocações simultâneas e de baixa intensidade em andamento do Norte têm o objetivo de expressar hostilidade em relação ao Sul, diante da recente mudança de política", afirmou Park Young-ja, membro sênior do Instituto da Coreia pela Unificação Nacional em Seul, em um relatório recente. 

"Ao mesmo tempo em que consolidam a unidade internamente, eles também podem tentar dividir as opiniões públicas no Sul e, para fins militares reais, explorar como essas ações podem ser uma ameaça."

Yang Moo-jin, presidente da Universidade de Estudos Norte-Coreanos em Seul, afirmou que o impasse inter-coreano se intensificou para algo similar à guerra psicológica da Guerra Fria. 

© Reuters. Norte-coreanos trabalham em cerca militar perto de posto de guarda na fronteira inter-coreana em foto tirada do deck de observação perto da zona desmilitarizada entre as duas Coreias em Paju, Coreia do Sul
04/06/2024
REUTERS/Kim Hong-Ji

"O retorno de campanhas antiquadas com panfletos e balões mostra que a Guerra Fria ainda persiste na península da Coreia."

Em discurso sobre o aniversário da guerra, o presidente sul-coreano, Yoon Suk-Yeol, comparou os vizinhos, dizendo que o Norte continua "o último território congelado da Terra" e segue o "caminho da regressão" ao contrário do Sul, democrático e rico. 

(Reportagem de Hyonhee Shin; reportagem adicional de Josh Smith)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.