WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, classificou de "loucura" a facilidade com que extremistas podem ter acesso a armas de fogo no país, e Hillary Clinton disse que “terroristas” estão usando armas de combate para matar norte-americanos, com os democratas retomando nesta segunda-feira o esforço árduo por controle de armas, após o massacre de Orlando.
O pior ataque a tiros em massa na história recente dos EUA, no qual 49 pessoas numa boate gay foram mortas e 53 ficaram feridas, reacendeu o debate em Washington sobre tipos de armas que não deveriam estar disponíveis facilmente e de compradores que deveriam sofrer restrições.
O senador democrata Chuck Schumer, de Nova York, e outros integrantes do partido afirmaram que tentariam ainda nesta semana conseguir os votos para uma medida que evite que pessoas em “listas de vigilância relacionadas a terrorismo” e outros “terroristas suspeitos” possam comprar armas de fogo ou explosivos.
Os democratas no Senado tentam ressuscitar uma proposta que fracassou em dezembro, depois do ataque em San Bernardino, na Califórnia, por militantes inspirados pelo Estado Islâmico.
Não há indicações de que republicanos, que controlam o Congresso, e democratas possam chegar a um acordo desta vez.
“O importante é continuar tentando”, afirmou Schumer.
James Comey, diretor do FBI, declarou que o suspeito pelo ataque na Flórida, Omar Mateen, esteve na lista de vigilância relacionada a terrorismo por um ano, até maio de 2014, período no qual foi investigado pelo FBI. Contudo, ele saiu da lista quando os investigadores não descobriram nada que o incriminasse.
As armas que Matten levou para a boate em Orlando foram compradas no início deste mês.
(Reportagem de Richard Cowan e Susan Cornwell; reportagem adicional de Julia Edwards e Timothy Gardner)