Por Richard Cowan e Susan Cornwell
WASHINGTON (Reuters) - Os democratas da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos corriam nesta quarta-feira para apresentar um amplo pacote de propostas para ajudar os norte-americanos afetados pelo surto de coronavírus, enquanto também avaliavam a possibilidade de suspender as visitas ao Capitólio dos EUA.
O líder da maioria na Câmara, Steny Hoyer, democrata, disse a repórteres que o projeto pode ser divulgado ainda nesta quarta-feira, com votação possível na quinta-feira.
Se aprovada pela Câmara e pelo Senado e assinada pelo presidente Donald Trump, ele resultará na distribuição de "bilhões" de dólares em fundos federais para enfrentar o surto de coronavírus nos Estados Unidos, disse Hoyer.
Esse valor vai se somar aos 8,3 bilhões de dólares aprovados na semana passada para ajudar a desenvolver uma vacina contra o coronavírus, acelerar os suprimentos médicos e kits de teste nos Estados Unidos, que estão em falta, e ajudar os países estrangeiros a controlar a propagação do vírus altamente contagioso que causa uma doença respiratória às vezes fatal.
Em uma tentativa de proteger as aproximadamente 3 milhões de pessoas que circulam pelo Capitólio dos EUA todos os anos e os parlamentares e funcionários que trabalham lá, Hoyer disse que fechar o edifício histórico aos visitantes é uma possibilidade.
Os democratas da Câmara esperam apressar este segundo projeto de coronavírus em duas semanas no Congresso antes do início de um recesso agendado para o final desta semana.
Sua perspectiva no Senado não é clara.
O número de casos de coronavírus nos EUA tem aumentado constantemente. Segundo uma contagem da Universidade Johns Hopkins, mais de 1.025 casos foram confirmados até agora, com 28 mortes.
O projeto da Câmara deve incluir licença médica paga para trabalhadores em quarentena ou que tenham que ficar em casa para cuidar de familiares.
Enquanto ainda está sendo desenvolvida, a medida também poderia expandir os programas federais de ajuda alimentar, especialmente para famílias de baixa renda cujos filhos talvez não possam frequentar suas escolas, onde recebem refeições, e aumentar o seguro-desemprego.
Não ficou claro se a Casa Branca apoiará o projeto de lei dos democratas.