Por Sarah N. Lynch
WASHINGTON (Reuters) - O Departamento de Justiça dos Estados Unidos disse nesta segunda-feira que se opõe à divulgação do depoimento que os promotores usaram para obter a aprovação de um juiz federal para fazer buscas na casa do ex-presidente Donald Trump na Flórida, onde apreenderam documentos confidenciais.
"Se divulgado, o depoimento serviria como um roteiro para a investigação em andamento do governo, fornecendo detalhes específicos sobre sua direção e provável curso, de uma maneira que provavelmente comprometeria futuras etapas de investigação", escreveram os promotores.
Nos últimos dias, aliados republicanos de Trump têm intensificado pedidos para que o secretário de Justiça, Merrick Garland, desbloqueie o documento, o que revelaria as evidências que os promotores apresentaram para demonstrar que tinham motivos para acreditar que crimes foram cometidos na casa de Trump.
Na sexta-feira, a pedido do Departamento de Justiça, uma corte federal no sul da Flórida revelou mandado de busca e vários documentos legais que o acompanhavam que mostravam que agentes do FBI levaram 11 conjuntos de registros confidenciais do resort Mar-a-Lago de Trump.
Alguns dos registros apreendidos foram rotulados como "ultrassecretos" --o mais alto nível para as informações de segurança nacional dos EUA mais bem guardadas.
Esses documentos geralmente são mantidos em instalações especiais do governo porque a divulgação pode prejudicar a segurança nacional.
O Departamento de Justiça citou isso nesta segunda-feira como outra razão para manter o depoimento em sigilo, dizendo que a investigação envolve "materiais altamente confidenciais".