Por Steve Holland
DES MOINES, Iowa (Reuters) - A surpreendente derrota do pré-candidato presidencial republicano Donald Trump na prévia partidária em Iowa para o senador Ted Cruz refletiu as limitações de sua estratégia de busca de votos e uma dependência excessiva de seu status de celebridade em um Estado no qual os eleitores preferem um tratamento mais pessoal.
O bilionário de Nova York e ex-apresentador de reality show criou muito entusiasmo por sua mensagem anti-establishment, mas acabou sendo superado pela abordagem mais tradicional de Cruz, e ainda viu alguns indecisos se alinharem ao também senador Marco Rubio na última hora no caucus (assembleias de eleitores) de Iowa.
Todos os sinais apontavam para uma vitória de Trump na primeira disputa pela indicação do Partido Republicano para a corrida pela Casa Branca, e a influente pesquisa do jornal local Des Moines Register mostrava Trump na liderança no último final de semana, véspera da votação de segunda-feira.
A derrota, embora não por uma margem grande, despertou dúvidas sobre a capacidade de Trump para se sair tão bem nas votações quanto nas pesquisas. Antes de segunda-feira ele vinha se vangloriando de que venceria facilmente em Iowa, e tem sido o favorito na maioria dos levantamentos desde meados do ano passado.
Contando com a vitória, Trump havia zombado da abordagem mais pessoal de Cruz nas horas que antecederam a votação. Mas para alguns, a estratégia Trump foi questionável.
Ao invés de tentar duramente converter todo e qualquer republicano à sua causa, como fez Cruz, Trump contou principalmente com a participação de entusiastas que compareceram aos seus comícios.
O desafio que Trump enfrentou foi tentar persuadir essas pessoas, muitas das quais jamais haviam participado de um caucus, a aparecerem nas assembleias.
(Reportagem adicional de Ginger Gibson)