Bruxelas, 6 mar (EFE).- O Produto Interno Bruto da zona do euro e da União Europeia no conjunto de 2011 aumentou 1,4% e 1,5%, respectivamente, segundo os dados definitivos publicados nesta terça-feira pelo escritório estatístico comunitário Eurostat, que revisou em um décimo para baixo a evolução das economias para todo o ano.
Concretamente, o PIB da eurozona e da UE retrocedeu 0,3% no quarto trimestre, após registrar quedas no consumo das famílias, no capital fixo, nas exportações e importações.
Os dados revisados não registraram mudanças com relação ao quarto trimestre, mas sim com relação ao conjunto do ano passado.
Assim, a eurozona e a UE fecharam o ano com um aumento de 1,4% e 1,5% de seu PIB, respectivamente, quando no dia 15 de fevereiro foram calculados aumentos de 1,5% e 1,6%.
Um ano antes, a eurozona e a UE tinham registrado crescimento de 1,9% e 2%, respectivamente.
A contração de 0,3% na zona do euro e na UE durante o quarto trimestre contrasta com o aumento de 0,1% e 0,3% que os blocos registraram no terceiro trimestre.
Isto aconteceu principalmente porque todos os componentes do PIB se movimentavam em terreno negativo durante os últimos três meses de 2011.
Concretamente, durante o quarto trimestre de 2011, o consumo final das famílias caiu 0,4% na zona do euro e 0,2% no conjunto da UE, frente ao aumento de 0,3% e 0,2% no trimestre imediatamente anterior.
A formação bruta de capital fixo se contraiu em 0,7% tanto na eurozona como na UE, após descer 0,3% no terceiro trimestre.
As exportações caíram 0,4% nos países da moeda comum e 0,1% em todo o bloco comunitário (frente ao aumento de 1,4% e 1,3%, respectivamente nos três meses anteriores).
As importações retrocederam 1,2% na zona do euro e 0,8% no conjunto da UE, após um aumento de 0,7% nas duas regiões no trimestre anterior.
Em termos anualizados, o PIB dos países do euro aumentou 0,7% e 0,9% na UE no quarto trimestre.
No trimestre anterior registrou ainda uma alta anualizada de 1,3% e 1,4% frente ao terceiro trimestre de 2010.
A Eurostat confirma, além disso, que a Bélgica, a Itália, a Holanda e a República Tcheca entraram em recessão no quarto trimestre, somando-se às resgatadas Grécia e Portugal, assim como a Eslovênia, que registra quatro trimestres em negativo.
O Chipre e a Espanha estão a ponto de entrar em recessão, já que registraram uma contração no terceiro trimestre e um crescimento nulo no quarto.
No caso da Espanha, o PIB retrocedeu 0,3% no quarto trimestre. Em termos anualizados, sua economia aumentou, no entanto, 0,3%. EFE