Por Brendan O'Brien
(Reuters) - Mais de 90 mulheres entraram com processos contra o FBI, nesta quarta-feira, acusando ex-agentes de terem estragado a investigação sobre abuso sexual do médico da equipe de ginástica dos Estados Unidos Larry Nassar, afirmou um dos escritórios de advocacia cuidando do caso.
As ginastas campeãs olímpicas Simone Biles, Ali Raisman e McKayla Maroney estão entre as mulheres que entraram com ações judiciais federais contra o FBI buscando um total de mais de 1 bilhão de dólares em indenização, afirmou a firma de advocacia Manly, Stewart and Finaldi, da Califórnia, em um comunicado.
“Está na hora de o FBI ser responsabilizado”, disse a ginasta Maggie Nichols, campeã nacional universitária e integrante da seleção norte-americana.
Autoridades do FBI não estavam disponíveis para comentar em um primeiro momento.
As leis federais de reivindicação de danos permitem que indivíduos lesados por negligência, ato errôneo ou omissão pelo governo federal sejam indenizados.
As mulheres acusam o FBI de ter lidado mal com denúncias críveis de várias fontes e de não ter agido para corroborar evidências que a agência recebeu em julho de 2015. Disseram que a inação permitiu que Nassar continuasse a molestar meninas e meninos até ele ser acusado formalmente em 2016.
Nassar, que também é ex-funcionário da Universidade do Estado de Michigan, foi condenado em 2018 a até 175 anos na prisão por abusar de jovens ginastas que haviam sido entregues aos seus cuidados.
(Reportagem de Brendan O'Brien, em Chicago; reportagem adicional de Amy Tennery, em Nova York)