Por Doina Chiacu e Jonathan Allen
(Reuters) - Dias ensolarados e o tempo quente estão se mostrando tão difíceis de gerenciar quanto restaurantes, salões de beleza e outras empresas, à medida que metade dos Estados norte-americanos reabrem parcialmente suas economias após a quarentena do coronavírus.
No sábado, milhares de pessoas se reuniram no National Mall em Washington para ver um sobrevoo organizado pela Marinha dos EUA em homenagem aos trabalhadores de saúde e outras áreas que estão combatendo a pandemia.
Na cidade de Nova York, o tempo mais quente já registrado nesta primavera fez com que pessoas fizessem piqueniques e fossem tomar sol nas áreas verdes de Manhattan, incluindo aglomerações no Pier da Christopher Street, em Greenwich Village, de acordo com imagens postadas nas redes sociais.
Na semana passada, a Califórnia ordenou que as praias do Condado de Orange fossem fechadas, após multidões desafiarem as diretrizes das autoridades de saúde e lotarem a popular costa. Isso levou a protestos de manifestantes que acusaram o governador do Estado, um Democrata, de ultrapassar os limites.
O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, disse que há “alguns problemas reais” perto do pier e que a polícia aumentará o patrulhamento.
Deborah Birx, coordenadora de resposta da força-tarefa de coronavírus da Casa Branca, disse no "Fox News Sunday" que se amontoar nas praias não era seguro, a menos que as pessoas se mantivessem a pelo menos 1 metro de distância. Ela também se opôs a permitir que empresas como salões de beleza e spas reabram na primeira fase.
"Deixamos claro que essa não é uma boa atividade para a primeira fase", disse ela, já que o número de casos nos EUA superou 1,1 milhão e o número de mortos subiu para mais de 67 mil no domingo.
Aglomerações de pessoas como as ocorridas na semana passada em Michigan e em outras partes do país para protestarem contra as medidas de isolamento social representam um enorme risco, disse ela.