NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - Uma conferência que já dura um mês sobre uma revisão do Tratado de Não Proliferação Nuclear de 1970 pareceu destinada ao fracasso nesta sexta-feira depois que seus membros não conseguiram superar divergências sobre uma proibição de armas atômicas para o Oriente Médio e outras questões.
Após quatro semanas de negociações sobre formas de melhorar o cumprimento do pacto, não houve consenso entre seus 191 signatários. A subsecretária de Estado norte-americana, Rose Gottemoeller, anunciou que "não há acordo" e acusou alguns países de minar as negociações.
Rose não citou qualquer país, mas diplomatas disseram que ela estava se referindo ao Egito.
"Nós deixamos claro ao longo do processo que não aceitaremos os esforços de alguns para manipular cinicamente a (conferência) ou tentar alavancar a negociação para avançar seus objetivos", disse ela a participantes.
O Egito nega que está tentando atrapalhar a conferência.
As preocupações dos EUA foram ecoadas por Canadá e Grã-Bretanha. Depois disso, o Irã propôs uma suspensão da reunião em uma tentativa de última hora de se chegar a um compromisso. A reunião foi suspensa, mas os delegados disseram que um compromisso de última hora seria difícil.
(Reportagem de Louis Charbonneau)