Por Shrivathsa Sridhar
(Reuters) - Novak Djokovic espera se livrar de uma lesão estranha na cabeça e colocar sua temporada irregular nos trilhos no Aberto da França, onde o sérvio enfrenta a tarefa de defender seu título e manter seu posto de número um do mundo.
O 24 vezes campeão de Grand Slam conquistou seu terceiro título de Roland Garros na ausência do lesionado Rafael Nadal, na sequência vitoriosa de três dos quatro majors em um espetacular 2023, mas tem sofrido para repetir esse domínio nesta temporada.
A tentativa de Djokovic de conquistar o 11º título recorde do Aberto da Austrália foi encerrada por Jannik Sinner nas semifinais em janeiro, antes de o tenista de 36 anos cair diante de Luca Nardi no início de Indian Wells, o que fez soar o alarme.
Depois de ser surpreendido por Casper Ruud nas semifinais de Monte Carlo, Djokovic foi derrotado por 6-2 e 6-3 por Alejandro Tabilo na terceira rodada de Roma neste mês, dois dias depois de ser atingido na cabeça por uma garrafa de água de um torcedor enquanto dava autógrafos.
"A maneira como me senti na quadra foi como se um jogador diferente tivesse entrado em meu lugar. Sem ritmo, sem equilíbrio em nenhuma jogada", disse Djokovic sobre a derrota que prejudicou sua preparação para Roland Garros.
"É um pouco preocupante."
De acordo com a mídia sérvia, exames liberaram Djokovic de uma lesão grave antes do início do torneio, em 26 de maio, e ele aceitou um convite para competir em Genebra nesta semana.
Mas, depois de não ter participado de Madri antes de Roma, Djokovic ainda pode ir para Paris um pouco mal preparado, com alguns torcedores temendo que finalmente surjam rachaduras em sua armadura.
Embora seja prematuro descartá-lo, Djokovic disse que precisaria melhorar drasticamente para ganhar o quarto troféu do Aberto da França e ultrapassar Mats Wilander, Ivan Lendl e Gustavo Kuerten, chegando ao terceiro lugar na lista de campeões da Era Aberta de Paris.
Para aumentar a dor de cabeça de Djokovic, o surgimento do italiano Sinner é outra ameaça genuína às suas ambições no Grand Slam, ao lado do espanhol Carlos Alcaraz.
Depois de uma exibição fraca em sua derrota para Sinner em Melbourne, Djokovic se separou do técnico de longa data Goran Ivanisevic e do preparador físico Marco Panichi para redescobrir sua melhor forma visando Aberto da França, Wimbledon e Jogos Olímpicos de Paris.
Mesmo que a mudança ajude Djokovic a conquistar um recorde de 25 títulos de Grand Slam, Sinner ainda pode chegar ao número um pela primeira vez em 10 de junho se chegar à final de Paris, embora ainda haja dúvidas sobre a condição física do jovem após uma lesão no quadril.
(Reportagem de Shrivathsa Sridhar em Bengaluru)