Por Orhan Coskun
ANCARA (Reuters) - O relatório de um teste de DNA relacionado ao atentado suicida a bomba que matou 29 pessoas na capital turca, Ancara, na semana passada indica que o principal autor nasceu na Turquia, e não na Síria como inicialmente o governo declarou, disse nesta terça-feira uma importante autoridade turca da área de segurança.
Um carro cheio de explosivos foi detonado perto de ônibus militares, quando os veículos aguardavam em sinais de trânsito perto da sede das Forças Armadas turcas, do Parlamento e de edifícios do governo, em Ancara, na quarta-feira passada.
No dia seguinte, o primeiro-ministro Ahmet Davutoglu acusou um combatente curdo sírio da milícia YPG, atuando com militantes curdos dentro da Turquia, pelo ataque, o identificando como Salih Necar, nascido em 1992, da região de Hasakah, no norte da Síria.
No entanto, o resultado do DNA indica que o ataque foi realizado por Abdulbaki Somer, nascido em Van, cidade no leste turco, afirmou uma autoridade do setor de segurança e a Anadolu, agência de notícias estatal, que citou fontes da promotoria.
O resultado bate com o nome dado pelos Falcões da Liberdade do Curdistão (TAK), um grupo militante curdo, quando assumiu a responsabilidade pelo ataque num comunicado no seu site na sexta-feira.
"O relatório do DNA foi divulgado. Nós vimos que não era Necar”, disse a autoridade de segurança à Reuters, falando sob condição de anonimato, porque o resultado da investigação ainda não foi feito público.