LONDRES (Reuters) - Países doadores prometeram nesta quinta-feira dar 11 bilhões de dólares em ajuda aos sírios até 2020, numa tentativa de líderes mundiais de lidar com a pior crise humanitária global, ao mesmo tempo que a Turquia relatou um novo êxodo de dezenas de milhares que fogem de ataques aéreos.
Com a guerra civil de cinco anos ocorrendo de forma intensa e com a suspensão após apenas poucos dias de um novo esforço para negociações de paz em Genebra, a conferência de doadores em Londres buscou lidar com as necessidades de cerca de seis milhões de pessoas desabrigadas dentro da Síria e de mais de quatro milhões de refugiados em outros países.
Destacando a situação desesperadora na Síria, o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, disse durante a reunião que até 70 mil sírios estavam se movendo em direção à Turquia para escapar dos bombardeios aéreos à cidade de Aleppo.
Davutoglu acusou as forças do presidente da Síria, Bashar al-Assad, apoiadas por combatentes estrangeiros e pelas ações aéreas russas, de tentarem fazer em Aleppo o mesmo que fizeram no cerco à cidade de Madaya, onde dezenas acabaram morrendo de fome.
"O que eles querem fazer em Aleppo hoje é exatamente o que eles fizeram em Madaya antes, um cerco de fome”, declarou ele à imprensa no final do evento.
A Turquia já abriga mais de 2,5 milhões de refugiados sírios. Jordânia e Líbano são os outros principais destinos dos refugiados sírios.
(Por Estelle Shirbon e Kylie MacLellan)