Por Alexandra Ulmer
CARACAS (Reuters) - Pouco menos de dois terços dos venezuelanos consideram que a presidência de Nicolás Maduro deve terminar neste ano, à medida que a oposição busca sua renúncia em meio a uma aguda crise econômica, mostrou uma pesquisa.
O modelo econômico da Venezuela e a queda nos preços do petróleo, maior exportação do país, originaram um desabastecimento de todos os tipos de produtos, de arroz a contraceptivos, assim como uma inflação de três dígitos e uma profunda recessão.
No total, 63,6 por cento dos venezuelanos dizem que Maduro deveria renunciar neste ano ou sofrer um referendo revogatório, contra cerca de 29,3 por cento dos venezuelanos que querem que ele se mantenha no cargo até 2019, quando seu mandato terminará, de acordo com uma pesquisa vista pela Reuters no sábado.
A grande maioria, 90,9 por cento, dos entrevistados pela Datanalisis em fevereiro viu a situação do país como negativa.
Mas a aprovação de Maduro subiu para 33,1 por cento, ante 32 por cento em janeiro, com a pontuação negativa caindo para 63,4 por cento, ante 66,4 por cento.
A vitória legislativa da oposição em dezembro tem polarizado novamente partes do país, e Maduro teve certo sucesso em rotular seus rivais políticos como elitistas incapazes de resolver a crise econômica.