CAIRO (Reuters) - Arqueólogos egípcios revelaram neste sábado os detalhes de um centro ancestral de sepultamento e preparação de múmias que foi descoberto a 30 metros abaixo do solo, perto da necrópole de Saqqara, ao sul do Cairo.
Os arqueólogos esperam que o centro de mumificação forneça novos vislumbres sobre a composição química dos óleos usado pelos ancestrais egípcios para mumificar seus mortos.
Acredita-se que o centro de sepultamentos, que tem mais de 2 mil anos, remonte ao período Saíta-Persa, aproximadamente entre 664-404 antes de Cristo. O local foi descoberto originalmente em abril deste ano, contendo 35 múmias, além de um sarcófago de pedra.
“O que esta descoberta acrescentará são duas coisas muito importantes: a primeira é o tipo de óleos usados (na mumificação) e sua composição química. Então nós poderemos identificar exatamente os tipos de óleo usados”, disse Ramadan Badry Hussein, chefe da missão egípcia-alemã que descobriu o local.
Centenas de pequenas estátuas de pedra, jarras e recipientes usados no processo de mumificação foram encontrados dentro das câmaras de sepultamento.
O artefato mais significativo foi uma máscara de prata adornada, a segunda do tipo já descoberta, segundo o ministro das Antiguidades, Khaled al-Anany.
“Este objeto é muito raro, ter uma máscara de prata adornada com ouro, como Ramandan mencionou agora, temos apenas duas deste tipo, então é uma descoberta muito boa”, disse al-Anany à Reuters.
(Por Mohamed Zaki e Sherif Fahm)