CAIRO/PARIS (Reuters) - O Egito lançou uma investigação oficial sobre o desaparecimento do voo da EgyptAir nesta quinta-feira, anunciando o que especialistas em segurança chamaram de uma difícil apuração sobre o aparente sumiço do Airbus com 66 pessoas a bordo.
O A320 desapareceu das telas dos controladores sobre o Mediterrâneo, ao sul da Grécia, no trajeto de Paris para o Cairo, com Atenas dizendo que o avião deu uma guinada antes de perder altitude.
O Egito vai comandar a investigação com a ajuda de autoridades da França, onde o jato com 12 anos foi construído e também o país que tinha o maior número de cidadãos a bordo depois do Egito, afirmou Ayman al-Moqadem, chefe da agência de acidentes aéreos egípcia.
Um ministro francês afirmou que três investigadores da BEA, agência de investigação de acidentes aéreos, estavam a caminho do Egito, junto com um especialista da Airbus.
Não havia relatos imediatos se os Estados Unidos, onde a fábrica de motores Pratt & Whitney é baseada, participaria do processo.
De acordo com as regras mundiais da aviação, o país que produz os motores pode esperar participar numa investigação sobre um acidente aéreo.
Contudo, uma autoridade norte-americana declarou que as agências dos EUA temem que o Egito tentará manter os investigadores norte-americanos à distância devido a tensões que vêm desde o acidente com o EgyptAir 990 na costa dos EUA em 1999.
As relações entre agências de aviação do Egito e dos EUA são tensas desde que investigadores norte-americanos divulgaram que um copiloto suicida provocou deliberadamente o acidente com o Boeing 767.
Os investigadores egípcios acusaram a comissão de segurança do transporte nacional de distorcer as evidências para sustentar a teoria sobre o suicídio e produziu o seu próprio relatório apontando problemas técnicos.
(Por Abdelnasser Aboelfadl e Tim (SA:TIMP3) Hepher)