CAIRO (Reuters) - O Egito colocou forças de segurança fora das estações de metrô neste domingo, disseram testemunhas, um dia depois de dezenas de pessoas terem realizado raros protestos contra um aumento das tarifas.
Fontes de segurança disseram que pelo menos 22 pessoas foram detidas pela polícia durante "protestos limitados e esporádicos" no sábado em várias estações de metrô por passageiros exigindo que o aumento nos preços seja revertido. Eles disseram que a maioria foi libertada, enquanto três foram detidos por 24 horas, aguardando uma investigação mais aprofundada.
O governo diz que as tarifas mais altas são necessárias para manter o metrô, que vinha operando com déficit, e financiar novas ampliações sendo construídas para atender os mais de 25 milhões de habitantes da capital.
O governo também se comprometeu a reduzir drasticamente os subsídios do Estado como parte de um acordo de empréstimo de 2016 com o Fundo Monetário Internacional (FMI), aumentando os custos de vida de milhões de egípcios.
O aumentos da tarifa, que entrou em vigor na sexta-feira, fez o custo de alguns bilhetes de metrô triplicar.
"O aumento (de preço) vai gerar cerca de 1 bilhão pesos (56,37 milhões de dólares)", disse o ministro do Transporte, Hesham Arafat, ao canal de televisão privado Sada al-Balad no sábado.
"Sem esse bilhão, não posso continuar, a companhia do metrô não pode continuar."
O governo já havia enfurecido os moradores do Cairo, onde mais de três milhões usam o metrô todos os dias, quando dobrou o preço de muitos bilhetes de metrô no ano passado.
Taxas com desconto serão mantidas sob o novo sistema para estudantes, idosos e pessoas com necessidades especiais.
Vídeos postados nas redes sociais no sábado mostraram pessoas pulando as catracas em algumas estações. Em outras, dezenas de manifestantes gritavam palavras de ordem enquanto os policiais assistiam às cenas.
Uma testemunha da Reuters disse que a polícia deteve ao menos duas pessoas após tumultos em uma das estações.
Autoridades do Ministério do Interior não foram encontradas para comentar de imediato. Não foi possível verificar a autenticidade das gravações.