Por Nandita Bose e Trevor Hunnicutt
WILKES-BARRE, Pensilvânia (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu proibir armas de assalto e financiar policiais em um discurso que marca a primeira de três visitas ao longo de uma semana ao Estado da Pensilvânia, considerado um importante campo de batalha político nas eleições parlamentares de novembro.
Biden pediu ao Congresso 37 bilhões de dólares para programas de prevenção ao crime, e quer que parte desse dinheiro vá para as polícias reduzirem crimes com armas, que dispararam nos Estados Unidos. O presidente democrata também criticou os parlamentares republicanos que se opuseram aos seus planos de financiar as polícias e reduzir a violência armada.
"Estou determinado a proibir armas de assalto neste país, determinado", disse Biden. "Temos que agir por todas aquelas crianças mortas a tiros em nossas ruas todos os dias, que nunca são notícia."
A visita à pequena cidade de Wilkes-Barre também deu a Biden a oportunidade de abordar uma das principais preocupações dos eleitores em um Estado crucial, que levou o democrata à Presidência e atualmente é palco de uma das disputas ao Senado mais observadas de 2022.
O ex-presidente republicano Donald Trump, que está flertando com a possibilidade de desafiar Biden em 2024, deve realizar um comício na mesma cidade no sábado.
Como em 2020, quando Biden foi eleito presidente, a Pensilvânia será um Estado-chave nas disputas em novembro e na próxima eleição presidencial, em 2024.
O Estado é sede de uma das poucas disputas competitivas ao Senado norte-americano, que irão determinar se os democratas irão ou não manter sua pequena maioria na casa. Biden também planeja visitas ao Estado na quinta-feira, para um grande discurso político, e na próxima segunda-feira, para marcar o Dia do Trabalho.
Na campanha para as eleições de novembro, muitos candidatos republicanos estão pintando os democratas como relutantes em combater as crescentes taxas de criminalidade em algumas partes do país.
Eles também estão tentando vinculá-los ao movimento para "desfinanciar a polícia" que surgiu dos protestos por justiça racial em 2020, embora muitos democratas, incluindo Biden, nunca tenham apoiado o corte de verbas à polícia.
A taxa de mortes por armas de fogo nos EUA aumentou 35% em 2020 para o ponto mais alto desde 1994, com níveis especialmente mortais para jovens negros, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) em um relatório publicado em maio.