Por Jeff Mason
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, saudou calorosamente o Dalai Lama mas não chegou a se encontrar pessoalmente com ele durante evento religioso em Washington, nesta quinta-feira, acompanhado de perto pela China, que fez um alerta contra qualquer interação com o líder espiritual tibetano exilado.
Obama, que saudou o monge budista com um gesto, chamou o Dalai Lama de "bom amigo" e "exemplo poderoso do que significa praticar a compaixão e que nos inspira a falar sobre liberdade e dignidade de todos os seres humanos".
Os dois compareceram a um café da manhã religioso realizado anualmente em Washington, no qual Obama falou sobre a importância da liberdade religiosa. O Dalai Lama estava na plateia, em uma mesa na primeira fila em frente ao presidente dos EUA, ao lado da assessora de Obama Valerie Jarrett, num sinal de apoio da Casa Branca.
Obama acenou e sorriu para o Dalai Lama no começo do evento. Os organizadores também exaltaram o monge, que recebeu aplausos do público.
O caso pode provocar a insatisfação da China, que reclama de políticos que se encontram com o Dalai Lama. Depois que o evento em Washington foi anunciado, Pequim disse que se opunha a qualquer encontro com ele sob qualquer circunstância.
Antes do evento, um comentário em inglês divulgado pela agência estatal de notícias Xinhua, que não representa a posição oficial do governo mas reflete o pensamento de Pequim, alertou contra qualquer encontro.
"Camaradagem com um separatista é brincar com fogo", disse a agência. Um eventual encontro "prejudicaria o momento positivo conquistado duramente nas relações China-EUA."