Por Andrew Osborn
MOSCOU (Reuters) - O presidente da Síria, Bashar Al-Assad, viajou para Moscou na noite de terça-feira para agradecer pessoalmente ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, por seu apoio militar, em uma visita surpresa que destacou como a Rússia se tornou uma peça-chave no Oriente Médio.
Essa Foi a primeira viagem de Assad ao exterior desde a insurgência da crise síria em 2011, e ocorre três semanas após a Rússia iniciar uma campanha de ataques aéreos contra militantes islâmicos na Síria, dando um reforçou às tropas de Assad.
O Kremlin manteve a visita em segredo até a manhã desta quarta-feira, transmitindo um encontro entre os dois presidentes no Kremlin e divulgando uma versão escrita da conversa que tiveram. Não foi dito se o líder sírio ainda está em Moscou ou se retornou à Síria.
"Primeiramente queria expressar minha enorme gratidão à toda liderança da Federação Russa pela ajuda que estão dando na Síria", disse Assad a Putin. "Se não fosse por suas ações e suas decisões, o terrorismo que se espalha na região teria tomado uma área maior e se espalhado por um território maior ainda."
Putin disse que esperava que o progresso da frente militar fosse seguido por ações para uma solução política na Síria, reforçando esperanças ocidentais de que Moscou irá usar sua crescente influência em Damasco para persuadir Assad a conversar com seus oponentes.
O presidente russo afirmou ainda que a Rússia está pronta para ajudar a encontrar uma solução política e saudou o povo sírio por enfrentar os militantes "quase sozinhos", dizendo que o Exército Sírio conseguiu bons sucessos em campo recentemente.
"Estamos prontos para fazer nossa contribuição não só no curso de ações militares na luta contra o terrorismo, mas durante o processo político", disse Putin, de acordo com a versão transcrita divulgada pelo Kremlin.