Bruxelas, 31 ago (EFE).- Todos os veículos novos matriculados na União Europeia (UE) deverão passar por testes de emissões a partir de 1 de setembro antes de poder circular, lembrou nesta sexta-feira a Comissão Europeia (CE).
Os dois testes, que começaram a ser praticados em 2017 só aos novos modelos de veículos, consistem em provas mais estritas, que asseguram níveis de emissão de CO2 mais confiáveis.
Em particular, incluem um teste de laboratório que refletirá melhor a realidade (conhecido como "WLTC", por sua sigla em inglês) assim como um procedimento realizado em condições reais de condução (RDE).
A comissária europeia de Mercado Único e Indústria, Elzbieta Bienkowska, disse em comunicado que desde o escândalo "Dieselgate" que explodiu há três anos, a UE "mudou as regras do jogo".
O objetivo é impedir as fraudes, proteger a saúde dos cidadãos e do meio ambiente e estimular a competitividade mundial da indústria europeia.
"O teste de emissões mais estritos é uma das peças do quebra-cabeças, mas ainda resta muito para fazer; falo de estudos nacionais que estão em curso, do estado de avanço dos veículos não regulamentados e da aplicação de novas regras sobre a homologação dos veículos", disse Bienkowska.
O WLTC é um teste de homologação das emissões de CO2 e de consumo de combustível de veículos, que entrou em vigor no ano passado e que a partir de amanhã será obrigatório em todos os novos veículos com matrícula europeia.
Além disso, os RDE (testes de emissões em condução real) serão também obrigatórios, e não só medirão as pequenas partículas, mas a partir de setembro de 2019 permitirão medir a emissão de nitrogênio (NOx).
Estas medidas fazem parte das iniciativas da Comissão Europeia (CE) para proteger melhor os cidadãos europeus dos gases da combustão e para restabelecer a confiança dos consumidores europeus no rendimento dos veículos.