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BEIRUTE (Reuters) - Um enviado dos EUA disse nesta segunda-feira que estava "incrivelmente satisfeito" com a resposta do Líbano a uma proposta dos EUA para desarmar o Hezbollah, após reuniões em Beirute realizadas horas depois de Israel ter lançado novos ataques aéreos e uma incursão transfronteiriça.
A proposta do enviado Thomas Barrack, apresentada às autoridades libanesas durante sua última visita, em 19 de junho, prevê o desarmamento total do Hezbollah em quatro meses, em troca da suspensão dos ataques aéreos por parte de Israel e da retirada das tropas dos postos no sul do Líbano que ainda ocupam após a guerra do ano passado.
Falando aos repórteres depois de se reunir com o presidente do Líbano na segunda-feira, Barrack disse que recebeu uma resposta de sete páginas, embora não tenha dado detalhes sobre seu conteúdo.
"O que o governo nos deu foi algo espetacular em um período muito curto de tempo", disse Barrack. "Estou incrivelmente satisfeito com a resposta."
Barrack, um conselheiro de longa data do presidente dos EUA, Donald Trump, que também atua como embaixador dos EUA na Turquia e enviado especial para a Síria, disse acreditar que "os israelenses não querem guerra com o Líbano".
"Ambos os países estão tentando dar a mesma coisa - a noção de um acordo de suspensão, da cessação das hostilidades e de um caminho para a paz", disse ele.
Israel eliminou a liderança do grupo militante Hezbollah, apoiado pelo Irã, no Líbano, em uma campanha de bombardeio no ano passado, uma das muitas frentes em que infligiu golpes severos contra o Irã e seus aliados desde o início da guerra em Gaza em 2023.
O Hezbollah já abandonou algumas armas e se retirou das áreas do sul sob um cessar-fogo acordado no ano passado. Israel manteve tropas em cinco postos no sul do Líbano e continuou a alvejar os combatentes do Hezbollah com ataques aéreos, dizendo que quer que o grupo não represente uma ameaça a Israel.
O Hezbollah não respondeu publicamente à proposta de desarmamento dos EUA, mas seu líder disse no domingo que o grupo precisava manter algumas armas para defender o Líbano de Israel. Fontes disseram à Reuters que o grupo está considerando reduzir seu arsenal, sem se desarmar totalmente.
(Reportagem de Maya Gebeily)
((Tradução Redação Barcelona))
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