QUITO (Reuters) - Os equatorianos votarão no segundo turno da eleição presidencial neste domingo para decidir se manterão as políticas pró-mercado dos últimos quatro anos ou retornarão ao socialismo da década anterior, no momento em que o país andino busca reviver sua economia estagnada.
O economista de esquerda Andrés Arauz venceu o primeiro turno da eleição em fevereiro, com quase 33% dos votos, prometendo um generoso auxílio financeiro à população e a retomada das políticas socialistas do seu mentor, o ex-presidente Rafael Correa.
O adversário de Arauz, o banqueiro e candidato à Presidência pela terceira vez Guillermo Lasso, promete criar empregos por meio de investimento estrangeiro e apoio financeiro ao setor agrícola. Lasso teve quase 20% dos votos no primeiro turno.
A votação dependerá de aproximadamente 15% do eleitorado que continua indeciso, afirmou Francis Romero, diretor do instituto de pesquisa Click Report, descrevendo essa parcela como mais alta do que o normal.
A economia da nação exportadora de petróleo já estava fraca devido aos preços baixos do óleo quando começou a pandemia de coronavírus. A situação sanitária levou um terço da população à pobreza e deixou meio milhão de pessoas desempregadas.
O presidente Lenin Moreno, que não está buscando a reeleição, impôs dolorosas medidas de austeridade, parte de um acordo de financiamento de 6,5 bilhões de dólares com o Fundo Monetário Internacional, mas não conseguiu recuperar a economia.
(Reportagem de Alexandra Valencia)