Por Alexandra Valencia
QUITO (Reuters) - O Equador informou nesta quinta-feira que todos os estrangeiros que entram no país irão precisar de um passaporte a partir de sábado, em uma aparente tentativa de conter o crescente número de imigrantes venezuelanos que fogem da Venezuela.
Membros da Comunidade Andina possuem um acordo que permite que cidadãos cruzem fronteiras entre países-membros somente com suas carteiras de identidade. Isto tem sido uma vantagem significativa para imigrantes venezuelanos, que sofrem para obter passaportes em meio a uma escassez crônica.
“A partir deste sábado o governo irá exigir que qualquer um que entre no Equador apresente seu passaporte”, disse o ministro do Interior, Mauro Toscanini, nesta quinta-feira.
Ele não especificou se a medida mira a imigração venezuelana, mas acrescentou que o Equador deseja que a Venezuela faça esforços para “que seus cidadãos não precisem passar pela situação muito difícil de ter que deixar o país”. O ministério se negou a comentar mais.
Imigrantes venezuelanos têm feito viagens de ônibus que duram dias pela América do Sul, frequentemente cruzando pelo Equador a caminho do Peru ou do Chile, porque não conseguem arcar com os custos de voos.
Quito declarou estado de emergência em três províncias neste mês após um aumento acentuado no número de imigrantes venezuelanos cruzando a fronteira entre Equador e Colômbia no alto das montanhas andinas. Autoridades disseram que até 4.500 venezuelanos cruzavam diariamente, comparado a 500 a 1.000 anteriormente.