Por Yara Bayoumy
WASHINGTON (Reuters) - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na quinta-feira que irá nomear o advogado especializado em falências David Friedman como embaixador dos EUA em Israel, e Friedman disse que gostaria de assumir o posto em Jerusalém, insinuando uma mudança de Tel Aviv que sinalizaria um rompimento com uma política norte-americana de longa data e revoltaria o mundo muçulmano.
Durante a campanha presidencial, Trump prometeu transferir a representação de Tel Aviv, onde está localizada há 68 anos, para Jerusalém, praticamente apontando a cidade como capital israelense, apesar das objeções internacionais.
"(Friedman) é um amigo de longa data e um conselheiro de minha confiança. Seus relacionamentos fortes em Israel irão formar a fundação de sua missão diplomática e serão um tremendo recurso para nosso país no momento em que fortalecemos nossos laços com nossos aliados e nos empenhamos pela paz no Oriente Médio", disse Trump em um comunicado divulgado por sua equipe na quinta-feira.
Na corrida pela Presidência, o republicano deixou claro que irá apoiar Israel em uma série de áreas fundamentais, e disse que não irá pressionar o Estado judeu a realizar conversas com os palestinos.
Os EUA e outras potências não consideram Jerusalém como a capital de Israel. As embaixadas de outras nações estão instaladas em Tel Aviv, e as potências não reconhecem a anexação israelense da Jerusalém Oriental árabe após sua captura na Guerra de Seis Dias de 1967.